Festa do Pontal, Mais Uma Edição, Mais Um Sucesso!
Festa do Pontal junta 1200 pessoas em Quarteira
A “bandeira” da regionalização como solução para combater um “estado colonizador” e o elogio à Festa do Pontal foram os temas principais do discurso do líder distrital do PSD, Mendes Bota, durante o jantar-comício realizado quinta-feira, 14, em Quarteira.
A líder nacional, Manuela Ferreira Leite, declinou o convite para estar no Algarve e a sua ausência foi criticada por algumas figuras, mas o responsável do PSD-Algarve optou por uma via diferente, cumprindo o papel de advogado de defesa da iniciativa política social-democrata, que se realiza desde 1975.
“A Festa do Pontal é uma marca política reconhecida no país e um produto político consolidado: no conteúdo, no local, na data e nos objectivos”, afirmou Mendes Bota.
O deputado do PSD sublinha que o Pontal já não significa apenas um “comício de ‘rentrée’”, mas uma “festa de convívio” e “um momento de encontro” entre os sociais-democratas portugueses, contribuindo para “a prova de vida quotidiana” a que o partido está obrigado.
“Nós não somos só um partido de intelectuais mas também não somos um partido de descamisados”, alertou, sublinhando a presença de sociais-democratas vindos “de norte a sul” do país. Cerca de 1200 pessoas passaram pelo calçadão de Quarteira.
Depois do elogio ao evento, Mendes Bota passou à crítica, contra as “realidades virtuais e operações de propaganda” do governo, que acusou de não ter “investido nada de significativo” na região durante esta legislatura.
O líder da comissão política distrital do PSD elencou uma série de obras que continuam sem avançar numa região que gera, com o turismo, “pelo menos três mil milhões de euros, por ano, para os cofres do estado” e recebe de PIDDAC “a miséria, a esmola” de 95 milhões de euros anuais.
O responsável “laranja” fala de “falta de respeito pelo Algarve”: “Temos sido tratados como uma autêntica colónia, na sua variante do século XXI… E quem nos coloniza? É o estado central, que absorve os recursos para os consumir em proveito próprio” .
Para combater um “estado centralizado, que absorve tudo e explora as regiões”, Bota só tem uma solução: a regionalização. “O caminho passa por assumir que a próxima década será a década da regionalização”, sustentou.
O líder do PSD-Algarve justificou-a com “dez razões”: as assimetrias regionais; a desertificação; a excepção de uma Europa regionalizada; maior democracia regional; o princípio da subsidiaridade; a burocracia; a competitividade positiva entre regiões; o abandono do interior; um mapa de consenso com cinco regiões; e a falta de um nível intermédio, entre poder central e poder local.
Ângelo Correia contra "silêncio"
O convidado especial e um dos “históricos” do PSD, Ângelo Correia, entende que o partido deve acabar com a actual estratégia de silêncio, de forma a “arrebatar o poder” a um PS “que já perdeu a maioria absoluta”.
“A pior coisa que um partido político poderia ter era não mobilizar os militantes para a luta. A arma que não podemos ter é o silêncio. Silêncio perante os outros pode significar ignorância ou distanciamento do país”, referiu.
Ângelo Correia sublinhou que acedeu vir a Quarteira para contribuir para um “clima de união” no PSD. “É muito importante ver Mendes Bota e Macário Correia sentados na mesma mesa, um mês depois de terem disputado a liderança distrital do partido”, comentou.
Os outros discursos da noite pertenceram aos presidentes da câmara de Loulé, Seruca Emídio, JSD-Algarve, Fábio Bota, PSD-Loulé, José Graça, e PSD-Quarteira, Mário Botelho.
Fonte: Jornal Região Sul On Line
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